27 janeiro 2009

Entre 10 e 18: teorias da conspiração e lendas urbanas


Just a fest está chegando, para mim, será dia 22 de março, um domingo com Radiohead e Kraftwerk (ah, também vai ter Vanguart, ams quem se importa? E eles ainda chamam o show de só uma festa...). Bem, para quem ainda percebeu, sou bastante fã de Radiohead, apesar de achar o Thom York uma versão mais esquisita da arrogância e chatice do Bono Vox. Mas, nem sempre foi assim. Em 1992, quando a banda tinha abandonado o nome On Fridays e passado a se chamar Radiohead (dizem alguns que é por causa de uma música do Talking heads, dizem outros que era para que seus álbuns ficassem próximos ao R.E.M.), eles lançaram seu primeiro disco: o "Pablo Honey", uma versão triste e distorcida do movimento grungee.

Seria mais um álbum qualquer de mais uma banda qualquer se a música "Creep" não fizesse o sucesso que fez. Provavelmente, uma das músicas mais deprimentes da história e uma das músicas mais tocadas naquele ano. E Radiohead iria cair no esquecimento caso "The bends" não fosse lançado em 1995 e fizesse o sucesso que fez. Radiohead passava a ser uma banda de rock com apelo pop, graças ao sucesso da igualmente deprimente "Fake plastic tree" (lembrem-se que ela é tocada naquela famosa propaganda brasileira do Carlinhos e seu amiguinho em uma campanha contra o preconceito contra os portadores da síndrome de Down).

Mas, foi em 1997 que a banda e seu vocalista alcançaram o ápice (na verdade, praticamente a cada disco eles alcançam novos ápices): "Ok computer" chegou com a promessa de revolucionar o rock e mostrar a decadência e solidão desse nosso mundo mecanizado. A promessa foi cumprida, contra as expectativas de Thom Yorke, que se recuperava de alguma psicose e passava a ser chamado de gênio. Foi aí que tudo começou. Primeiro, os comentários de que "Creep" era um plágio de "Can't stop loving you" do Hollies, depois que era plágio "Every breathe you take" do Police, depois que era plágio da...

Bem, a lista não parou, mas essa era a menor das lendas urbanas e teorias da conspiração. Afinal, muitos não sabem, mas se você abrir bem o encarte do "Ok computer" na parte das letras e chacoalhar de um lado para o outro, as letras se tornam imagens, como por exemplo: "Paranoid android" vira um tanque de guerra e por aí vai. Na verdade, quando ouvi isso, fui tentar em casa,s em esperanças. Até hoje, continuo sem saber do que as pessoas estavam falando quando diziam que isso dava certo. Mas, como já escrevi no parágrafo acim, as teorias da conspiração e lendas urbanas não param por aí.
No ano 2000, para terminar um milênio, o Radiohead lançou o controverso "Kid a". Um disco de rock onde não se houve guitarras, apenas baterias eletrônicas e barulhinhos de computador (como eu sempre digo, o primeiro sinal de que Thom York sempre seria o cara do contra). Mas, isso não quer dizer nada, pois dizem por aí, que se você tiver dois cdplayers e dois "Kid a", você fazer o seguinte experimento e descobrir um disco novo, o disco que o radiohead realmente queria ter lançado: coloque o seu "Kid a" no seu cd player e dê play, quando a primeira faixa faixa, "Everything in its right place" estiver com 18 segundos rodados e o teclado e a voz de Thom Yorke gemendo nos alto-falantes, dê play no outro cdplayer que contém o "Kid a" do seu amigo. Pronto, está feito! Você estará ouvindo o "Kid 18", um álbum onde as músicas correm simultaneamente, mas com um sincornia atrasada em 18 segundos... Não é incrível?

Na verdade, não. Não há nada fantástico nessa audição, com exceção talvez da harpa em "Motion picture soundtrack" e da bateria em "Idioteque", ainda assim, você só consegue entender alguma lógica se você estiver realmente procurando por ela, por que do contrário, é só a invenção de alguém babca que utilizou a medida de 18 segundos aleatoriamente (na verdade, existem algumas explicações musicais para esse valor, mas existem versões dessa explicação que chegam até a apontar um música do Sigur Rós como referência, tentem descobrir qual, hehehe).

Certo, se as primeiras teorias estavam erradas, então o que dizer do "In rainbows"? O último disco do Radiohead ficou famoso no mundo todo pelo simples fato de que ele foi lançado em outubro de 2007, em um site criado especialmente para isso. Como a banda havia terminado o contrato com a gravadora Parlophone (o que geraria vários conflitos para mostrar que Thom Yorke sempre seria o cara do contra), "In rainbows" foi o primeiro álbum de uma grande banda, a ser lançado gratuitamente para download. Gratuitamente não, você pagava por ele. Pagava o quanto quisesse. Sim, isso mesmo, ente zero centávos até trocentos zilhões de dólares. Não se sabe ao certo qual foi o resultado da experiência, mas o Radiohead ganhou muito dinheiro assim, antes de lançar o álbum fisicamente nas lojas sob o selo de uma distribuidora estadosunidense.

Hummm.... não há algo de suspeito aí? Vejá só: qual o álbum de maior sucesso do Radiohead? "Ok computer", você diz e está certo. Esse nome não tem alguma semelhança com a forma como "In rainbows" foi lançado? Calma, não responda ainda, pense nas cores e fracções matriciais de um computador, também. Então, temos computadores e arco-íris, certo? Parece pouca a semelhança? Mas, então, que tal se fizermos uma conta simples? "In rainbows" saiu em 2007, "Ok computer" saiu em 1997, 2007 menos 1997, será igual a 10, 10 é formado por 1 e 0, ou seja, a lingugaem binária, o código pelos quais os computadores se comunicam em seu âmbito mais básico. Binário, ou seja, dois valores, como a quantidade de palavras que compõe os nomes dos albuns "Ok computer" e "In rainbows". Entendeu, agora?

Pois é, eu também não. Assim como não consegui entender quando matemáticos tentaram provar que o título da música "2+2=5" do Radiohead fazia sentido (conforme postei em outro ensaio), também não consigo entender como alguém 9provavlemnte muito desocupado), acha e desdobra essas teorias. Não entendeu ainda? É bem simples: "In rainbows" é uma continuação e/ou uma referência ao "Ok computer". Será que é o por quê os dois discos começam com vogais? Não, é por que se você ignorar a faixa "Happier filter" do "Ok computer" e colocar as músicas dos discos em sequência (por exemplo: "Airbag", "15 feets", "Paranoid android", "Bodysnatchers", etc...), você ouvirá, mais uma vez, o álbum que o Radiohead quis lançar, na verdade.

Ora, na verdade, o que você vai ouvir é uma sequência alternada de várias músicas boas, de dois álbuns bons de uma banda boa. Só. Não existe ligação entre as músicas e suas letras, nem nas referências a ficção cinetífica que o Radiohead costuma fazer. Sabe, às vezes acho incrível que ninguém ainda tenha dito nada sobre o fato de "Amnesiac", a sobre de estúdio do "Kid a", ter sido lançada três meses e três dias antes dos famosos ataques terroristas de 11 de setembro e trazer na primeira página do seu encarte, uma foto do World Trade Center e o título do filme "The decline and fall of roman empire".

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu ouvi dizer que, na verdade, o Thom York é um andróide vindo do futuro, e que as músicas do Radiohead são feitas para influenciar nossa cultura e direcioná-la para a construção do futuro em que Thom York será construído -- até porque, se eles não assegurarem a existência desse futuro, não haverá um andróide a vir dele para nosso tempo assegurar o futuro em que ele será construído, em primeiro lugar.

Evidências disso estão no nome da banda ("Radiohead" é uma referência à fonte de energia atômica [radiativa] que Thom York emprega para funcionar, que fica em sua cabeça) e o nome do próprio York, na verdade um código: T.H.O.M., que significa "Tactic Humanoidic Offensive Machine", ou máquina de ofencisa tática humanóidica/humanóide.