05 abril 2010

Quem são os Nazgûl?







Escravos dos Nove Anéis que Sauron forjou para os Homens junto com os ferreiros de Eregion, durante o ano de 1500 Segunda Era do Sol em Arda, os nazgûl formam o máximo em poder e horror no exército de Sauron. Os Espectros do Anel, como também são chamados, correspondem a liderança das tropas de Mordor vestidos como Cavaleiros Negros. Cavaleiros estets que oram cavalgam cavalos negros e amaldiçoados, ora "cavalgam" uma criatura alada distorcida e deformada: o falcão do inferno.



Tudo isso é bem conhecido. A dúvida mesmo fica por conta de quem são os nazgûl e tudo o que o "Senhor dos anéis" nos informa é que são Homens corrompidos pelo poder dos Anéis de Poder. Homens gananciosos por riqueza, poder e longevidade, que se deixaram seduzir pelos tais "nove para Homens mortais, fadados ao eterno sono", dos quais falam os conhecidos versos. E esse nove, por sua vez, estavam subjugados pelo famoso "um anel para todos governar, um anel para encontrá-los, um anel para a todos trazer e na escuridão aprisioná-los".



Mais do que isso, ficamos sabendo que seus corpos definharam e suas almas se distorceram, aprisionados por Sauron e suas falsas promessas. E sabemos também, através dos "Contos inacabados de Númenor e da Terra Média" que o segundo nazgûl em comando se chama Khamûl, a "sombra do leste" (na língua negra dos orcs), que tem esse nome graças ao fato de ele provavelmente ter sido um membro do povo Balchoth que habitava a região outrora conhecida como Hithlum. É Khamûl quem assume o ataque dos outros nazgûl quando o Rei dos Bruxos cai na Batalha de Pelennor.



E quem é esse tal de Rei dos Bruxos? Ele é o Senhor dos Nazgûl, o Capitão Negro, A Sombra de Morgul. Seu título de Rei se deve primeiro ao reino de Angmar, nas Montanhas Cinzentas, onde trouxe caos e destruição para o Norte, até fugir para Mordor, ao Sul. Logo depois, seu reinado de horror retornou em Dol Guldur, trazendo maldições para a Floresta das Trevas. E seu título de bruxo se deve as artes de feitiçaria e bruxaria que praticava, que espalhava e que ensinava onde quer que estivesse para os homens de coração negro.



Mas nem só por isso o Rei dos Bruxos tinha esse título, afinal, ele, assim como os outros nazgûl, foram homens de poder enquanto vivos. Homens que ocupavam papéis importantes na sociedade em que viviam. E possivelmente, o Rei dos Bruxos teria sido um homem de Númenor. Talvez, até um rei. Mas então, que rei seria esse? Como ninguém soube? É aqui que começa minha investigação., meu ensaio. Penso que se eu consegui levantar uma teoria satisfatória sobre Tom Bombadil o resto é fácil. E atendendo ao pedido de um amigo, me proponho a destrinhcar um outra teoria incomum sobre a obra de Tolkien.



Pois bem, é sabido (conforme exposto acima) que os anéis de poder surgiram por volta do ano 1500 da Segunda Era. Porém, a sombra de Sauron só caiu sobre Númenor por volta de 1800. Como eram necessários dezenas de anos (ou até mesmo séculos, caso de anões, hobbits e tatlvez um númenoreano) para ser totalmente corrompido pelo poder de um anel mágico e se submeter a vontade Sauron, os nazgûl só foram surgir abertamente no ano de 2251. Com isso, o que temos até agora? Temos que Sauron necessitou pairar sua sombra sobre Númenor, antes de conquistar espaço e confiança o suficiente para encontrar um númenoreano que aceitasse um anel de poder. Mais ainda, foi necessário esperar um bom tempo até que o escolhido se definhasse ao ponto de se tornar um Espectro do Anel e se revelar para a Terra Média. A menos, é claro, que Sauron rapidamente encontrasse um númenoreano ambicioso e facilmente sucetível a corrupção (o que, convenhamos, não era algo difícil de se achar). E também temos a possibilidade de Sauron não ter esperado que o númenoreano se definhasse totalmente até revelá-los em todo o seu poder. Com isso, temos de fato um margem de cerca de 400 anos entre um homem ser escolhido e se tornar um Cavaleiro Negro.



Mas qual númenoreano poderia ser o Rei dos Bruxos? Se pensarmos que foi um rei de Númenor nossas opções de reis para aquela margem de tempo são Tar-Minastir, Tar-Ciryatan e Tar-Atanamir. Para facilitar um pouco as coisas para nós, podemos descartar Tar-Minastir sem problema algum por dois motivos: primeiro, a data em que entregou seu cetro e a data de sua morte são muito longe do surgimento dos nazgûl e muito próximas da chega da sombra de Sauron à Númenor; o segundo e mais consistente motivo é o fato de ter enviado uma esquadra para auxiliar Gil-Glad na primeira guerra contra Sauron.



Sobra nos agora apenas duas opções (a menos que consideremos que a inveja de Minastir pelos elfos e o fato de ter morrido ainda de posse do cetro como marcas de Sauron sobre si). A primeira delas é Tar-Ciryatan, que governou do ano 1869 até o ano 2029, um tempo bem propício para aprovar nossa teoria de que um rei númenoreano seria o Rei dos Bruxos. Outros pontos que corroboram os fatos é que Ciryatan tomou o cetro de seu pai a força e era tão sedento por riqueza e tão poderoso que oprimia os homens da Terra Média em troca de pedras e metais preciosos, de forma a construir uma gigantesca esquadra naval. Acredita-se que ele seja a primeira manifestação da sombra de Sauron contra a paz de Númenor.Então, eis que nos deparamos com Tar-Atanamir, o Grande.



Atanamir nasceu em 1800 e reinou de 2029 até 2221 (lembrando, sempre, que númenoreanos vivem muito mais que um homem comum, graças a linhagem élfica e a escolha de seu ancestral Elros, irmão de Elrond). Durante esse reinado de 192 anos, Atanamir cobrou uma elevada tributação dos homens das costas da Terra Média, mostrando-se ainda mais ganancioso que seu pai. E mostrou-se também mais orgulhoso, quando declarou abertamente seu ódio para com os elfos e seu desejo para que os Valar se afastassem da vida dos númenoreanos. Além de Grande, Atanamir ganhou a alcunha de Petinaz, uma vez que morreu antes de entregar o cetro, já que recusava-se a deixar de reinar ou mesmo a morrer, fazendo dele uma boa opção para o Rei dos Bruxos.



Uma terceira opção, não levantada anteriormente, seria Tar-Ancalimon, que governou até 2386. Claro que essa opção só será possível se acreditarmos que Ancalimon se tornou o Rei dos Bruxos ainda antes de definhar completamente. Ou se pensarmos que o Rei dos Bruxos não se manifestou junto com os outros nazgûl. De qualquer forma, Ancalimon se mostra uma boa opção quando pensamos na cisão que ele criou entre os homens que tinham amizade pelos elfos e homens que o seguiam na luta contra tudo o que fosse de origem élfica. Tal separação originaria, mais tarde, os portos de Umbar (para os númenoreanos) e de Pelargir (para os númenoreanos Fiéis aos Valar).



Como resolver essa dúvida? Bem, ao meu ver a resposta se encontra espalhada entre o "Silmarillion", "o Senhor dos anéis" e o décimo segundo (e último) volume da série "History of Middle Earth", o "The peoples of Middel Earth". Bem, a primeira coisa seria descartar todas as opções acima citadas. Porquê? ora, porque nenhum rei númenoriano forjou a própria morte ou teve seu corpo desaparecido. Logo, nenhum rei númenoriano foi o Rei dos Bruxos. E isso torna todo o texto escrito até agora inútil? De forma alguma, ele serve como suporte para apoiar um teoria.



A teoria de que o Rei dos Bruxos não era um propriamente um rei, mas um dos homens do rei. Ou seja, um homem influente, como Sauron desejava, mas que não chamasse a atenção. E quem poderia ter sido esse homem? A respostat virá com o entendimento dos elementos surgidos a partir da cisão entre Númenor e os Valar, e da criação do porto de Umbar.



Com o "Silmarillion" e o "Senhor dos anéis", ficamos sabendo que antes da queda de Númenor, alguns númenorianos, mas tarde conhecidos como númenorianos negros, migraram para Umbar e lá regeram os homens, migrando novamente depois para o Sul, para Harad. Entre os númenorianos negros mais famosos está o poderoso mensageiro Boca de Sauron, só para termos uma idéia do que estamos falando.



Pois bem, quando vasculhamos o "The peoples of Middle Earth", encontramos textos incabados por Tolkien ou textos rejeitados por Tolkein mas acolhidos por seu filho e editor Christopher. Entre esses textos, encontramos um chamado "The new shadow", que trata de eventos ocorridos 220 anos depois do "Senhor dos anéis". O breve conto seria uma novela de suspense que serviria como continuação apra a história da Terra Média, mas Tolkien acreditava que novas histórias de medo não poderiam mais ser contadas nos tempos de paz.



E o que isso tem a ver com nossa teoria? Tem a ver que nessa história descobrimos que uma espécie de seita "satânica" conhecida como Árvore Negra, cultuava as forças opostas aos Valar e aos ideais de Gondor (ou seja, aos ideais de Eldarion, filho de Aragorn, de linhagem de númenor e amigo dos elfos). Estamos chegando perto agora, não é? Creio que para concluir só falta uma referência: o nome mais invocado pela Árvore Negra, em segredo, é o nome de Herumor (o "Senhor escuro" em quenya, a língua mais nobre dos elfos e que continuou sendo usada em Númenor por medo, mesmo depois de declarado o ódio pelo povo élfico).



Para quem não sabe ou não ligou as pontas, Herumor é um númenoriano negro que aportou em Umbar e foi se unir aos haradrin, ainda durante o reinado de Tar-Ancalimon, embora seja bem provável que ele já vivesse desde o início do reinado de Tar-Atanamir. Por conta disso, não é à toa que os haradin apoiaram Sauron e o reino de Mordor, vizinho do reino de Harad.






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Um comentário:

Shirley Edhel disse...

Nossa!
Não tinha lido.
Vou recomendar a leitura no meu blog.
Excelente, Eli!